No passado mês de Março, a bancada do Partido Socialista na Cãmara Municipal de Vendas Novas teve oportunidade de apresentar uma proposta de criação do Conselho Municipal de Juventude de Vendas Novas.
Os Conselhos Municipais de Juventude (CMJ) pretendem ser órgãos consultivos das autarquias, que permitem dar voz aos reais interesses e preocupações dos jovens, para que as políticas dos Executivos Camarários possam ir ao encontro das necessidades da juventude.
Eram já vários os concelhos por todo o país que, antes de dia 18 de Fevereiro de 2009 (data em que entrou em vigor a lei que institui a existência de um CMJ em todos os concelhos do País) tinham criado este órgão, por saberem do papel vital que os jovens têm na construção de um futuro melhor.No entanto, para espanto de todos e vergonha do executivo CDU, a proposta foi recusada pela maioria no poder que, infelizmente, continua a colocar interesses partidários acima dos problemas dos munícipes.
A má relação da CDU com os jovens da nossa terra não é de hoje. Não é por acaso que a maioria dos jovens com qualificações ao nível da licenciatura e estudos pós-graduados não tem emprego em Vendas Novas e, consequentemente, não residem em Vendas Novas. A Autarquia não se preocupa em fixá-los no Concelho. Não é também por acaso que as ofertas culturais dos concelhos limítrofes como Montijo ou Montemor-o-Novo sejam mais procuradas pelos jovens de Vendas Novas. A Autarquia não cria atractivos neste campo.
Do CMJ de Vendas Novas fariam parte os representantes das Associações de Estudantes das Escolas EBI e Secundária com 3º Ciclo, das Associações Juvenis do Concelho, das estruturas de juventude partidárias e membros dos órgãos autárquicos. O CMJ permitiria um diálogo verdadeiramente democrático, que daria, com certeza, à Câmara Municipal a oportunidade de realizar projectos que fossem ao encontro das necessidades da juventude.
Entretanto, a Juventude Socialista aguarda com grande expectativa um gesto de sensatez por parte da CDU, dando início ao processo de criação do CMJ e concretizando a verdadeira Gestão Participada, que permite aos jovens participar activamente na nossa comunidade.
Ana Telha da Silva
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